Metso Outotec fecha o ano com crescimento acima de 20% no Brasil

Bom desempenho acompanha setores de mineração e construção

Por Conexão Construção 29/08/2022 - 17:44 hs
Foto: Metso Outotec
Metso Outotec fecha o ano com crescimento acima de 20% no Brasil
A Metso Outotec completou dois anos de sua fusão

A Metso Outotec completou dois anos de sua fusão – anteriormente a corporação atuava separadamente como Metso e Outotec – com uma perspectiva de fechar 2022 com um crescimento acima de 20%. A avaliação é de Marcelo Motti, vice-presidente de Vendas e Serviços para o Brasil. Ele participou de um encontro com a imprensa no final de julho em São Paulo, ao lado da diretora de Marketing e Comunicação para a América do Sul, Macarena Vallejo. Além do bom desempenho dos segmentos de mineração e agregados para a construção civil, Motti destacou o avanço da oferta de serviços da filial brasileira, que faz parte do bloco da América do Sul dentro da organização global. 

Segundo ele, a integração das empresas foi um sucesso, principalmente considerando que ocorreu em plena pandemia. “Havia pouca sobreposição de negócios e basicamente juntamos as especialidades de processo a seco da Metso com a know how de processamento a úmido da Outotec”, detalha Motti. O executivo destaca a base instalada na região como um dos fatores de sucesso. Com fábricas, centros de serviços e laboratórios locais, a operação sul-americana consegue atender projetos das mineradoras locais, inclusive com iniciativas de engenharia desenvolvidas regionalmente. 

A perspectiva de crescimento em 2022 é ainda mais impactante considerando o aumento de preços de matérias primas, decorrente da pandemia e o conflito na Ucrânia. A restrição de fornecimento também afeta os prazos de entregas de componentes. “Temos enfrentado uma alta na inflação, mas é importante ressaltar que o Brasil tem uma experiência com esse cenário, de forma que muitas mineradoras têm adiantado seus pedidos, mitigando os efeitos da crise no cronograma de seus projetos”, argumenta. Motti. 

Ele destaca ainda que a pandemia forçou a empresa a se aproximar do cliente de uma forma diferente, antecipando o uso de ferramentas digitais para atendimento. “Mesmo assim, temos aproximadamente 450 profissionais de atendimento de campo, que precisaram se adaptar às regras de restrição”, informa. “Somos gratos aos clientes pela confiança em nossa empresa seguindo a parceria de tantos anos”, completa. Motti também reforça a melhoria do atendimento comercial da Metso Outotec com a pandemia. Segundo ele, os contatos remotos ficaram mais objetivos e focados. 

A operação fabril da Metso Outotec, onde estão concentrados mais de 1,2 mil profissionais, também não foi paralisada durante a pandemia. Os grupos de risco, porém, tiveram um atendimento especial e foram deslocados para o home office. As áreas não envolvidas diretamente com a fábrica também operaram remotamente e hoje estão se adaptando ao regime de trabalho flexível, que combina o presencial com atividades remotas. “Estamos ainda nos adaptando, mas essa é uma demanda irreversível, principalmente para as novas gerações”, explica.

Políticas de ESG com sustentabilidade financeira 

Motti lembra que o trabalho flexível faz parte da agenda de ESG, sigla em inglês para políticas de sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa. Na área social, ele adianta que a Metso Outotec tem projetos de inclusão em parcerias com seus clientes, favorecendo áreas remotas onde ocorre a mineração, e projetos locais como os endereçados às pessoas com deficiência (PCDs). A mais recente iniciativa em PCD acaba de integrar 28 profissionais à matriz brasileira em Sorocaba. As políticas de sustentabilidade envolvem, entre outros, a oferta de equipamentos com redução de energia e de consumo de água.  

“O posicionamento em ESG importante na maioria das empresas atualmente também deve contar com a sustentabilidade financeira”, argumenta a diretora de Marketing e Comunicação para a América do Sul, Macarena Vallejo. Ela cita o desafio da mão de obra no Chile como exemplo. “Vimos a experiência de várias mineradoras treinando mão de obra feminina para atender projetos de mineração, que ficam em lugares isolados. É uma forma de equalizar a presença feminina no setor, que ainda é predominantemente uma atividade masculina”, explica.

Outro exemplo de adotar as políticas de ESG na prática foi o deslocamento de profissionais seniores para o Centro de Monitoramento como o existente em Santiago do Chile e um dos quatro desse tipo na Metso Outotec global. Inviabilizados de ir a campo por pertencerem a grupos de risco, eles passaram a operar como consultores remotos, o que pode ser ajudar a empresa a modelar formatos de trabalho flexível nos próximos anos como fator de atração de mão de obra qualificada. “Eles trouxeram seu conhecimento para um ambiente digitalizado, tornando mais fácil o acesso de clientes e de parceiros juniores”, explica Macarena.

A executiva lembra ainda que Metso Outotec estruturou suas iniciativas na área de equipamentos e serviços dentro de um guarda-chuva de sustentabilidade chamado Planeta Positivo. Trata-se da identificação de ganhos em redução do consumo de energia e de água, além de aspectos de segurança, que contribuem com as políticas de ESG de mineradoras, produtores de agregados e de fertilizantes que fazem parte do universo de clientes da Metso Outotec. “Toda proposta comercial envolve agora informações sobre os aspectos de sustentabilidade das tecnologias, reforçando que a necessidade de as iniciativas de sustentabilidade terem sustentação financeira para sua adoção”, conclui.


Macarena Vallejo, diretora de Marketing e Comunicação para a América do Sul (foto: Metso Outotec)


Marcelo Motti, vice-presidente de Vendas e Serviços para o Brasil (foto: Metso Outotec)