Nova sede da União Europeia no Brasil foi construída com 79,5 t aço 

Com 5.000 m² de área construída, o Edifício Lotus Prime está localizado na paisagem urbana do Lago Sul, em Brasília

Por Conexão Construção 29/01/2024 - 14:17 hs
Foto: Divulgação CBCA
Nova sede da União Europeia no Brasil foi construída com 79,5 t aço 
Balanços no bloco superior se estendem por até 5,5 m

Com projeto do escritório Crosara Arquitetura, o edifício Lotus Prime é a nova sede da União Europeia no Brasil. Com quase 5.000 m² de área construída. Julio Crosara, responsável pelo projeto, destaca que a estrutura em aço é protagonista na arquitetura do empreendimento.

“A fachada é dominada por uma simbiose entre sistema metálico, vidro e brises perfurados, criando uma estética coesa e funcional. Tentamos deixar o sistema construtivo em aço aparente na maior parte da obra e os brises ajudaram nessa integração”, comenta o arquiteto.

O edifício divide-se em três volumes geométricos distintos: dois pavimentos térreos paralelos e um volume superior perpendicular, que se projeta audaciosamente sobre os primeiros. Esse arranjo maximiza a vista panorâmica e cria balanços marcantes, que se tornam a assinatura visual do edifício.

Julio Crosara explica que o Lotus Prime também incorpora uma série de estratégias para maximizar tanto a utilidade quanto a eficiência do espaço interno, como a localização dos banheiros, a escolha de materiais como drywall e alvenaria, além da inclusão de lajes pré-moldadas.

Os balanços no bloco superior, que se estendem por até 5,5 m, chamam a atenção. Essa característica arquitetônica torna-se viável graças à implementação de estruturas em aço de alta resistência, cujas propriedades mecânicas superiores permitem o emprego de seções mais esbeltas. 

O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) destaca que obras como o Lotus Prime exemplificam perfeitamente como o uso do sistema construtivo em aço é capaz de proporcionar construções inovadoras e esbeltas, que se mantêm seguras e eficientes, representando a arquitetura contemporânea. A entidade também destaca que a adoção do método construtivo foi o que possibilitou a criação de amplos vãos livres, permitindo uma versatilidade única nos layouts do edifício da capital federal.